Colapso global: qual seria o país que sobreviveria melhor?

Em que país teríamos de viver, ou mudarmo-nos, caso quisessemos escapar a um colapso global, fosse este devido a uma crise financeira, às consequências das alterações climáticas, a uma pandemia pior que a Covid-19, ou até mesmo várias causas combinadas? Esta é a questão que os investigadores da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, têm tentado responder.

Foram utilizados os resultados do Índice de Adaptação Global 2015, da Universidade de Notre Dame, - Global Adaptation Index -, que já tinha avaliado e classificado todos os países de acordo com a sua vulnerabilidade e futuras adaptações às alterações climáticas. A classificação foi baseada em vários critérios: a capacidade de produzir alimentos para a sua população, de proteger as suas fronteiras, de manter a rede elétrica e a sua capacidade de fabrico.

A equipa de cientistas, por detrás deste estudo, acredita que a civilização humana estava "num estado perigoso" devido à atividade antrópica interligada, e sobretudo intensiva, à energia e às consequências do crescimento desta para o ambiente. O objetivo do estudo é destacar os fatores que os países necessitam de melhorar para aumentar a sua resiliência. De acordo com os cientistas britânicos, uma sociedade globalizada que valoriza apenas a economia arruína a sua resiliência.

Os países insulares com climas temperados encabeçam a lista

A Nova Zelândia aparece no primeiro lugar deste ranking. Este estado insular do Oceano Pacífico provou ter o maior potencial de sobrevivência, graças à sua energia geotérmica e hidroeléctrica, terras agrícolas abundantes e baixa densidade populacional. De facto, como forma de antecipação de um colapso global, alguns bilionários já adquiriram terrenos nesta ilha da Oceânia para construir bunkers.

A Nova Zelândia não é a única ilha a fazer parte da lista dos países mais bem classificados para sobreviver ao apocalipse. Outros países com melhores desempenhos incluem a Islândia, o Reino Unido, a Tasmânia e a Irlanda. O professor da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, Aled Jones insiste: "Optamos pelos locais que tinham de ser capazes de proteger as suas fronteiras e que tivessem um clima temperado. Assim, em retrospetiva, é bastante óbvio que as grandes ilhas com sociedades complexas vão pertencer, automaticamente, a esta lista".