Cimeira do Clima exige compromisso do mundo!
Cimeira do Clima na Polónia arranca esta semana e até ao dia 14 de dezembro, cientistas investigadores e o poder político, debatem fórmulas de compromisso, para, de vez, aplicar o que já tinha sido decidido no Acordo de Paris: reduzir emissões de CO2.
A redução das emissões de gases com efeito de estufa será um dos temas centrais da Cimeira do Clima que arranca esta semana na Polónia. Durante duas semanas, até dia 14 dezembro, centenas de especialistas e responsáveis políticos reúnem-se em Katowice, para deixar um sinal claro quanto aos compromissos já firmados para reduzir os efeitos das emissões de CO2.
Em cima da mesa estão três questões fundamentais, uma delas a aprovação de um roteiro que permita pôr em prática regras concretas que levem os países a cumprir as metas de 2015, quando foi firmado o acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa.
Segundo investigadores citados pela agência France-Press, os cientistas que estudam as alterações climáticas falharam de forma significativa, quando há 20 anos previram as consequências do aquecimento global, que se estão a revelar muito mais graves do que se pensava então.
Consequências como as proporções dos fogos florestais, as secas, as chuvas e as tempestades, a quantificação do degelo na Antártida Ocidental e na Groenlândia e o seu contributo para a subida do nível do mar, são alguns desses exemplos que ninguém calculou. E com inevitáveis consequências diretas para a saúde pública e segurança internacional. O consenso científico atual é de que as consequências do aquecimento global estão a ser mais rápidas, mais extensas e muito piores do que se pensou que poderiam vir a ser. Negociadores de vários Estados vão reunir-se a partir de domingo na Polónia, na Conferência das Partes (COP, na sigla em Inglês) da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.
O que mudou desde 1995?
A primeira COP, realizou-se em março de 1995 e desde então, o mundo aqueceu cerca de 0,41 graus Celsius (ºC). Segundo Donald Wuebbles, professor na Universidade do Illinois e co-autor do recentemente divulgado relatório Avaliação Nacional do Clima dos EUA a realidade é muito mais assustadora: “Nunca pensei que fosse tão mau como está a ser”, afirmou, dando como exemplo a intensidade dos eventos extremos, tanto do calor, chuva ou seca, que atingem as pessoas em casa, ou num dia qualquer.
Os cientistas agora percebem melhor como as mudanças nas correntes de ar e no ciclo da chuva podem provocar ainda mais eventos extremos.