Cientistas descobrem enzima que destrói plástico
Reação de enzimas destrói em apenas 6 semanas o que leva mais de 100 anos a deteriorar-se na natureza. Esta descoberta científica poderá ser essencial para combater a abundante poluição que flutua no mar.
Uma equipa de cientistas japoneses descobriu no passado mês de março, uma bactéria capaz de comer o vulgar plástico das garrafas de água ou das embalagens de fruta.
Segundo a revista Science, a bactéria produz duas enzimas que provocam uma reação química capaz de destruir, em relativamente pouco tempo, o Polietileno tereftalato (PET) o que pode significar, no futuro, uma nova forma de pôr fim a um dos materiais mais usados, mais poluentes e menos reciclados do planeta.
Já no ano passado, em abril, outra equipa de cientistas americanos, desta vez da Universidade de Stanford, na Califórnia, apresentou conclusões semelhantes: uma pequena larva de besouro (conhecida como bicho-da-farinha) alimenta-se de Polietileno.
Resultados da investigação e da pesquisa
Foram publicados na revista "Environmental Science and Technology". Na mesma linha de investigação, a Universidade Pourtsmouth, no Reino Unido, informou que foi criada uma enzima, intitulada de PETase, capaz de decompor Polietileno , o mesmo plástico usado em garrafas.
Resultados desta investigação, foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. A maior parte do plástico que compramos, acaba nos oceanos, poluindo e ameaçando a vida marinha e as pessoas que consomem peixe. O plástico que acaba no mar é um problema grave que necessita de uma resposta urgente.
Segundo um estudo levado a cabo pela Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa, divulgado este ano, 97% dos resíduos presentes em 11 praias da costa portuguesa, são plásticos.
Calcula-se que ⅓ das embalagens de plástico escapa aos sistema de reciclagem.A boa notícia, pode bem ser uma resposta ao cenário assustador divulgado nas últimas conclusões do Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, que decorreu no início do ano e que alerta:”Se nada mudar, em 2050, haverá mais plásticos do que peixes no mar”.