Ciclone tropical Artur: o primeiro desta temporada?
Prevê-se que neste fim de semana as condições atmosféricas se voltem a deteriorar na costa Leste do Estados Unidos da América. Pelo sexto ano consecutivo, a época dos ciclones tropicais inicia-se no mês de maio. Fique a saber tudo connosco!
A época oficial dos ciclones tropicais com origem no Atlântico apenas se inicia no próximo dia 1 de junho, no entanto, o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos da América prevê, com 70% de certeza, que nos próximos 5 dias se forme o primeiro desta temporada, já nomeado Artur.
Os meteorologistas acreditam que o ciclone se vai formar a Norte do Arquipélago das Bahamas e vai afetar em primeiro lugar o Mar das Caraíbas e parte do Golfo do México, antes de avançar para Norte, na costa Atlântica. O desenvolvimento naquela área de um centro de baixas pressões e as condições atmosféricas perfeitas levam os peritos a acreditar que a tempestade se vai formar no fim do dia de sexta-feira ou nas primeiras horas de sábado.
Este início antecipado da época dos furacões no Hemisfério Norte é, segundo alguns estudos académicos, um pronúncio de uma época extremamente intensa, do ponto de vista da frequência e da intensidade destes eventos. Alguns estudos elaborados pela Universidade da Pensilvânia indicam que quando a época tem um início precoce, geralmente a frequência e a intensidade dos furacões aumenta, durante a “época normal”, podendo igualmente estender-se para além do término oficial da temporada.
O aumento da temperatura oceânica tem sido apontado como um dos fatores para que a época dos furacões no Atlântico dure cada vez mais tempo. O furacão Andrea, que se desenvolveu em maio do ano passado, foi o sétimo evento deste género fora de época nos últimos 10 anos. As autoridades meteorológicas americanas estão inclusivamente a ponderar alterar a data do início oficial da época dos ciclones do atlântico, já que a atual data foi estabelecida em no longínquo ano de 1965.
As consequências deste evento
Os modelos de previsão meteorológica norte americanos, europeus e do Reino Unido apontam para o desenvolvimento do ciclone tropical durante o fim de semana, que afetará os estados do Sudeste americano com alguma intensidade. As previsões canadianas apontam para um impacto mais intenso na costa da Florida, da Geórgia e das Carolinas, com chuva, vento e agitação marítima. Poderá afetar cidades com densidades populacionais significativas como Miami, Orlando, Jacksonville e Charleston.
É certo, contudo, que algumas ilhas das Caraíbas vão ser afetadas por precipitação forte, por vezes associada a trovoadas. A agitação marítima pode ser igualmente um problema nas áreas costeiras, potenciando as inundações rápidas que podem ser causadoras de milhões de dólares de prejuízo e até de vítimas mortais.
Esta depressão barométrica vai desenvolver-se em direção a norte, afastando-se da linha de costa dos estados mais povoados do Nordeste americano.