Chuva e trovoada lá fora? Explore as galerias de arte escondidas no Metro de Lisboa

Que tal explorar melhor as paragens do Parque, Marquês de Pombal, Entre Campos e Campo Pequeno? O Metropolitano, em parceria com a getLISBON, lança visitas guiadas para revelar as incríveis obras subterrâneas espalhadas pela capital.

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Há arte debaixo do chão e pode descobri-la.

Sim, sabemos que as notícias para os próximos dias não são as melhores. “ O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) já lançou uma série de avisos (amarelo e laranja) para os próximos dias, incluindo o dia de hoje, devido à instabilidade atmosférica que se adivinha", avisámos na segunda-feira, dia 14. Mas não desanime.

É verdade que poderá ter de alterar os planos. Já não vai conseguir visitar aquela que é a maior piscina oceânica da Europa? Ou vai ter de adiar a ida à praia portuguesa que está a fascinar a imprensa americana? Não se preocupe. Hoje trazemos-lhe uma sugestão que nem a chuva, nem a trovoada estragarão.

Ver a arte das estações de metro de Lisboa com olhos de ver, sem pressa, nem correias.

É esta a nossa proposta. Nossa e do Metropolitano de Lisboa, que, em colaboração com a plataforma cultural getLISBON, lançará um programa de visitas guiadas dedicadas a explorar as obras de arte presentes nas várias paragens.

Um programa diferente

“Visitar o metro?” — estará a pensar. Sim, exatamente. Estes locais são como galerias de arte escondidas à vista de todos, mas, a maioria das pessoas mal nota. Afinal este é um local por onde se passa a correr e cheio de pressa. E isso é uma pena, porque, na verdade, estes espaços subterrâneos são uma explosão de criatividade e de expressão artística.

Pense bem: por que gastaríamos tanto tempo lá em baixo, rodeados de cimento e barulheira, se não houvesse algo bonito para nos distrair do caos do dia a dia?

Paris, Lisboa, São Paulo, Moscovo. Todas estas cidades transformaram as suas estações em verdadeiros repositórios de arte. Algumas delas têm até peças que competem com as de grandes museus.

Sabia que a estação de metro das Olaias, em Lisboa, é considerada repetidamente uma das mais belas do mundo? É verdade, e isso acontece devido ao teto com painéis geométricos, aos azulejos multicoloridos, assim como às colunas e mosaicos que atraem a atenção de todos. “Esta é apenas uma das que merecem mais do que um olhar passageiro”, garante a revista ‘NiT’.

“As estações do Metro de Lisboa são um impressionante repositório de arte da cidade visto por milhares de pessoas. Durante o ano de 2023 o Metropolitano registou nada menos do que 161 milhões de viagens. Enquanto andamos para cá e para lá reparamos nos azulejos, nas imagens, nas esculturas, mas seguimos”, escreve a ‘Time Out’.

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Estação de Olaias.

Agora não pode perder esta oportunidade. “Será possível descobrir os trabalhos artísticos que caracterizam as nossas estações e conhecer algumas histórias curiosas relacionadas com as obras e os artistas”, lê-se no site do Metro de Lisboa.

Conheça uma parte do património artístico do Metro

As visitas terão início a 7 de novembro, e começam pelo Parque. Às 10:30 h pode descobrir a exuberante paragem projetada originalmente por Francisco Keil do Amaral e adornada com azulejos de Maria Keil em 1959. No final do século passado, a estação foi ainda enriquecida com “obras enigmáticas de Françoise Schein e Federica Matta, em alusão à Declaração Universal dos Direitos Humanos e à Era da Expansão Portuguesa”.

No sábado seguinte, 9 de novembro, todos os caminhos vão dar ao Marquês de Pombal. Aqui encontrará azulejos de Maria Keil e obras de arte da pintora Menez e dos escultores João Cutileiro e Charters de Almeida.

Neste dia, os participantes poderão aprender mais sobre a vida e o legado do estadista português que dá nome à estação, bem como descobrir segredos e simbolismos do monumento dedicado ao ministro do reino de D. José, Sebastião de Carvalho e Melo.

No dia 16, o foco estará nas estações de Campo Pequeno e Entre Campos, onde a renovação de 1994 resultou em obras de arte inspiradas na história das zonas envolventes. O objetivo é divulgar o “rico património que já é referência e pertença de todos os lisboetas”.

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Estação de metro de Campo Pequeno.

Todas as visitas serão conduzidas pelo guia Guilherme Rodrigues, antigo funcionário do Metropolitano de Lisboa. Os bilhetes custam 22€ e podem ser comprados online.