Chuva de meteoros Oriónidas atingirá o seu pico de atividade em breve: saiba quando e como observá-las da melhor forma

Após as Dracónidas, chega a vez das Oriónidas fazerem as delícias dos amantes da astronomia. Esta chuva de meteoros atingirá o seu pico de atividade em breve e dará um belo espetáculo no céu noturno. Saiba quando e dicas úteis para a sua observação!

chuva de meteoros Oriónidas
A chuva de meteoros das Oriónidas atingirá o seu pico em breve. Mas será que a noite do pico de atividade será a melhor altura para as observarmos? Contamos-lhe tudo abaixo.

O outono é uma estação bastante desfrutada pelos entusiastas da astronomia e do céu noturno, em particular agora em outubro. Só neste mês estamos a ter o privilégio de ser ‘presenteados’ por duas bem conhecidas chuvas de meteoros: as Dracónidas e as Oriónidas.

O que é a chuva de meteoros das Oriónidas?

As Oriónidas são uma chuva de meteoros, normalmente conhecidas como “estrelas cadentes”, que ocorre todos os anos entre 2 de outubro e 7 de novembro. Trata-se de uma chuva de meteoros moderadamente ativa, com uma taxa de atividade entre 15 e 70 meteoros por hora e uma grande velocidade, de 66 km por segundo.

Os meteoros das Oriónidas são fragmentos provenientes do cometa 1/P Halley. Este cometa orbita o Sol a cada 76 anos e foi visto pela última vez a partir da Terra em 1986. Como acontece todos os anos nesta altura, a Terra passa por um anel povoado de fragmentos desprendidos do cometa Halley.

“O cometa 1P/Halley foi descoberto por Edmond Halley que após cuidada análise de registos de três cometas observados em 1531, 1607 e 1682 concluiu que se tratavam de observações do mesmo objecto e que este voltaria a passar em 1758. O cometa tem um diâmetro de 11 km e está inserido no grupo dos cometas de curto periodo. A facilidade de observação é o que torna o cometa tão famoso”, segundo o Observatório Lago Alqueva.

Os fragmentos deste cometa, como os de tantos outros, desfazem-se em ‘pedacinhos’ ao entrarem em contacto com a nossa atmosfera. A partir daí queimam-se devido à fricção com o ar, gerando o espetáculo luminoso que tanto nos fascina. Esse brilho luminoso é o que conhecemos como meteoro ou estrela cadente.

As chuvas de meteoros parecem surgir de um único ponto, o chamado radiante. O nome das Oriónidas deve-se ao facto do seu radiante estar localizado na famosa constelação de Orion, que se torna visível por volta da meia-noite na direção leste.

cometa Halley
Imagem do cometa Halley capturada pela sonda Giotto em 1986. Fonte: Keller, H. U., N. Thomas, W. Curdt, and G. Schwarz, GIOTTO HALLEY MULTICOLOR CAMERA IMAGES V1.0, GIO-C-HMC-3-RDR-HALLEY-V1.0, NASA Planetary Data System, 1992

Quando será o pico de atividade das Oriónidas e quais as melhores noites para as observarmos?

De acordo com o Instituto Geográfico Espanhol, a observação das Oriónidas será bastante dificultada pela luz da Lua, tendo em conta que o seu pico ocorrerá na noite de 20 para 21 de outubro, ou seja, segunda para terça-feira da próxima semana. A Lua estará a meio caminho entre a fase cheia e o quarto minguante, com o nosso satélite muito próximo do radiante da chuva de meteoros.

Tendo em conta o facto da Lua estar 83% iluminada e a atingir uma altura máxima de 77º, a noite de 20 para 21 de outubro não será a melhor para observar este fenómeno astronómico, pois quanto mais brilhante e mais elevada estiver a Lua, menor será o contraste no céu.

Este evento celeste será passível de ser observado no céu noturno até 7 de novembro, pelo que as noites mais recomendáveis para tentar contemplar as Oriónidas serão as de 25 e 26 de outubro, quando a Lua já não estiver presente no céu, tal como salienta o Observatório Lago Alqueva.