Chuva de meteoros Líridas em abril, não perca!
Abril está a ser um mês de vários encontros astronómicos, com o alinhamento de vários planetas, bem como a altura em que está a ocorrer a chuva de meteoros Líridas. Saiba mais aqui connosco!
Esta chuva de meteoros Líridas é a primeira chuva de meteoros da Primavera e coincide com a lua nova, pelo que não haverá nenhuma interferência lunar e, desta forma, é possível obter uma melhor visualização destes raios celestes. Este fenómeno pode ser observado em qualquer noite, até ao dia 25 de abril. O seu pico ocorre durante a noite desta terça-feira (21 de abril) e nas primeiras horas de quarta-feira (22 de abril). São estimados entre 10 e 20 meteoros, por hora, que podem ser visíveis sob um céu escuro e sem nebulosidade.
Nos locais com mais iluminação artificial, é mais difícil ver esta chuva de meteoros. No livro "Observe Meteors", publicado pela Liga Astronómica, os autores David Levy e Stephen Edberg afirmam que:
O trilho desses meteoros parece divergir 7 graus para sudoeste da estrela azul-branca Vega, da pequena constelação Lyra (daí o nome "Líridas").
Cerca de 20 a 25% dos meteoros tendem a deixar um rasto incandescente persistente por alguns momentos. A sua órbita assemelha-se à do cometa Thatcher, que passou pela Terra na primavera de 1861. No ano de 1867, o professor Edmond Weiss, de Viena, percebeu que a órbita do cometa Thatcher iria coincidir com a Terra por volta do dia 20 de abril e mais tarde, no mesmo ano, o astrónomo Johann Gottfried Galle confirmou a ligação entre esse cometa e os Líridas.
Assim, os Líridas são o legado do cometa Thatcher, ou seja, os meteoros que vemos agora são as minúsculas partículas que foram lançadas por esse cometa, nas visitas anteriores ao sistema solar.
Registos históricos
Há vários registos históricos de exibições de meteoros que se acreditam serem Líridas, nomeadamente, em 687 a.C. e 15 a.C., na China, e em 1136 na Coreia. A 20 de abril de 1803, parte da população da cidade de Richmond, na Virgínia, foi despertada por um alarme de incêndio e foram capazes de observar este fenómeno por cerca de 2 horas. Os meteoros "pareciam cair de todos os pontos do céu.”
Peter Jenniskens, em "Chuva de Meteoros e os Cometas Pais", prevê que as próximas explosões de Líridas poderão ocorrer em 2040 e 2041.