Chuva de meteoros Eta Aquáridas ilumina o céu neste início de maio
Decorre esta semana o auge de uma chuva de meteoros denominada Eta Aquáridas, que será visível em ambos os Hemisférios e um pouco por todo o mundo. Fique a conhecer todos os pormenores deste fenómeno connosco!
O nosso país vai poder presenciar nas próximas noites, e até dia 28 de maio, uma chuva de meteoros. Este fenómeno denominado Eta Aquáridas está diretamente relacionado com o facto de a Terra cruzar a órbita do cometa 1P/Halley, aquando do seu movimento de translação anual. Este cometa, como qualquer outro, desintegra-se quando é atingindo por fragmentos de outros asteroides ou pela ação de forças gravitacionais, deixando um rasto de partículas e de pequenos meteoros. A entrada desses fragmentos na atmosfera terrestre é considerada uma chuva de meteoros. O cometa 1P/Halley foi visto no céu, pela última vez, em 1986 e estima-se que só volte a entrar no Sistema Solar no ano de 2061.
O apogeu desta chuva de meteoros acontece na mesma semana em que se poderá assistir à última super Lua de 2020. O fenómeno da Super Lua pode ser prejudicial para os espectadores da chuva de meteoros, já que a forte luminosidade da Lua ofusca o rasto deixado pelos meteoros, na sua breve passagem pela atmosfera terrestre. O Observatório Astronómico de Lisboa acredita que nas noites do apogeu, de 4 para 5 e de 5 para 6 de maio, a observação a olho nu deste fenómeno será possível, sensivelmente a partir das 3 da manhã, aquando do nascimento da constelação de Aquário.
É de salientar que a designação atribuída a este fenómeno está relacionada com o facto dos “traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair de um ponto da constelação do Aquário”, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa. Em média, são esperados 50 rastos de meteoros por hora, durante as próximas noites, que viajam a velocidades de 66 km/s.
Qual é o melhor local para observar este fenómeno?
Apesar de ser um fenómeno visível em vastas área do planeta, vai ser bastante mais visível no Hemisfério Sul, particularmente nas áreas entre o Equador e os 30 graus de latitude Sul. Naquela área do globo, a duração do dia está a diminuir, à media que o Outono vai avançando. As noites mais longas acabam por proporcionar mais tempo para visualizar esta chuva de meteoros.
De salientar, ainda, que a partir de meados do mês de maio, e com especial incidência no início de junho, será possível assistir a mais uma chuva de meteoros, desta feita denominados Ariétidas. Contudo, será igualmente um fenómeno difícil de assistir a olho nu, pelo facto da constelação de Carneiro estar próxima do Sol. Prevê-se que a atividade decorra entre os dias 14 de maio e 24 de junho, com a atividade máxima no dia 7 de junho. São esperados em média 30 meteoros por hora, com velocidades a rondar os 39 km/s.