Chuva de granizo atinge as regiões mais castigadas pela seca em Portugal, veja as imagens!
Eram esperados aguaceiros, trovoada e até mesmo granizo. Esta previsão meteorológica confirmou-se na passada quarta-feira, 17 de maio. Eis as impressionantes imagens do tempo severo que se abateu sobre o Sul de Portugal!
Na quarta-feira (17), no sul de Portugal continental (Algarve - Barlavento), a queda de granizo com alguma intensidade no concelho de Monchique (área mais montanhosa do Algarve e uma das mais afetadas) originou múltiplos registos em vídeo e foto. Na Fóia, segundo informações veiculadas nalguns meios de comunicação nacionais, choveram doze litros por metro quadrado numa hora.
Também o concelho de Odemira, situado no distrito de Beja (Sudoeste Alentejano), foi uma das áreas mais afetadas pelos aguaceiros localmente intensos. Em Castro Marim (Faro) também choveu com alguma intensidade na quarta (17). Para os próximos dias, em especial a partir de domingo (21), o estado do tempo poderá novamente agravar-se sob a forma de períodos de chuva, aguaceiros, trovoada e granizo, tal como por nós indicado na mais recente previsão meteorológica.
De acordo com alguns meios de comunicação nacionais (CM), também ocorreu um tornado de fraca intensidade na tarde desta quarta-feira (17) no concelho de Alcanena (Santarém). O vento forte causou o levantamento parcial da cobertura de duas fábricas em Vila Moreira, provocando ainda a queda de uma chaminé e de telhas de uma habitação em Moitas Venda.
Apesar do grave cenário de seca, a chegada desta precipitação de carácter convectivo tem efeitos benéficos e prejudiciais. Benéficos porque nutre os solos sequíssimos com alguma água, bastante necessária para enfrentar o verão que se adivinha duro devido à escassez hídrica nestas regiões.
Prejudiciais, por um lado porque pode causar estragos na agricultura ao gerar pedras de granizo e gelo do tamanho de bolas de ping-pong que danificam as culturas da época; por outro lado demasiada chuva num curto espaço de tempo pode gerar fortes inundações muito localizadas, fazendo com que o mesmo seja incapaz de reter ou deixar que a água se infiltre de maneira eficaz.
A absorção da água precipitada não é realizada de maneira adequada pois solos muito secos ou áridos, com pouca vegetação, não possuem raízes que fixem o solo e atenuem o impacto da água que cai.