Celebra-se hoje o Dia Mundial da Vida Selvagem e da Natureza
O dia 3 de março é sempre um dia especial para os amantes da natureza: é neste preciso dia que se comemora mundialmente a manutenção da fauna e da flora, essenciais à vida do planeta Terra. Saiba connosco, tudo sobre este dia e de que forma pode comemorá-lo!
Assinala-se anualmente, desde 2013, no dia 3 de março o Dia Mundial da Vida Selvagem e da Natureza. Esta data introduzida pela Organização das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo “promover a consciencialização sobre a multiplicidade de benefícios que a conservação da fauna e da flora do planeta proporciona às pessoas.”.
A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou este dia devido à efeméride que se assinala: no dia 3 de março de 1973 foi assinada, em Washington, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção. Esta convenção ficou conhecida (de forma bem mais abreviada) como Convenção de Washington com o objetivo claro de lutar contra os crimes praticados contra a vida silvestre, que tinham (e continuam a ter) impactes extremamente negativos do ponto de vista económico, ambiental e social.
O principal objetivo da comemoração deste dia está precisamente relacionado com a necessidade de sensibilizar a população para os efeitos nefastos da redução induzida pelo ser humano de um conjunto de espécies. É igualmente relevante lutar contra o tráfico de espécies selvagens de animais, um negócio lucrativo que tem florescido nas últimas décadas, apesar do cada vez mais rigoroso controlo das autoridades.
De acordo com dados recolhidos pela ONU, a caça e o tráfico de animais são negócios que podem valer até 213 mil milhões de dólares por ano, cerca de 177 mil milhões de euros. Este valor astronómico era mais do que suficiente para construir 135 aeroportos idênticos ao que foi projetado para o Montijo.
Números que atestam a importância deste dia
Esse dia deve comemorado de forma ativa pois relembra a toda a população mundial a importância “das plantas e dos animais selvagens para o desenvolvimento sustentável e para o bem-estar em geral da humanidade".
Infelizmente, os perigos diários que a vida selvagem enfrenta um pouco por todo o globo é algo a que nem sempre é dada a devida atenção. No entanto, os números são bastante esclarecedores: anualmente morrem em África entre 20 000 e 25 000 elefantes; num espaço de dois anos (entre 2010 e 2012) foram mortos cerca de 100 000 elefantes africanos; só na África do Sul, no ano de 2014, foram mortos 1215 rinocerontes; perto de 1 milhão de pangolins foram retirados do seu habitat natural, nos últimos dez anos.
Estes são alguns exemplos de como certas espécies protegidas, com populações extremamente reduzidas e algumas até em risco crítico de extinção, são atacadas por caçadores e traficantes, que não olham a meios para atingir o máximo de lucro.
Como se vai comemorar este dia?
Através da análise destes números nunca é demais salientar a importância da comemoração deste dia. Contudo, é ainda em contexto de pandemia que as populações poderão celebrá-lo. Face à evolução pandémica todos os eventos serão realizados virtualmente.
Habitualmente, as comemorações deste dia, ao mais alto nível, centravam-se na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. Contudo, este ano a celebração será inteiramente virtual. Este evento vai juntar representantes dos vários estados membros, de organizações da ONU, bem como a sociedade civil e o setor privado de forma a gerar discussões sobre a temática central: “Forests and Livelihoods: Sustaining People and Planet”.
Em Portugal, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) desenvolveu durante o dia de ontem um evento online designado “VIDA SELVAGEM, ameaça ou oportunidade”, para além de disponibilizar materiais informativos e educativos sobre o dia que se assinala hoje.
Ainda no nosso país, associado ao evento mundial, o operador turístico Explore Iberia vai dinamizar um evento online designado “Conversas do Trilho – Vida Selvagem do Alto Minho”, onde dois convidados vão dar a conhecer aos participantes a grande diversidade de vida selvagem que se pode encontrar (e se deve preservar) no Alto Minho.