Caravelas portuguesas ameaçam banhistas
Autoridade Marítima Nacional volta a alertar os banhistas, para os perigos das Caravelas portuguesas. Espécie marinha venenosa foi avistada no sul do país e na ilha da Madeira.
Desde o início do ano, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) emitiu dois comunicados, em março e em maio, a alertar para os perigos desta espécie, da família das medusas ou alforrecas. No último comunicado, pode ler-se que foram avistadas caravelas-portuguesas nas praias do Sotavento Algarvio, mais concretamente no areal das praias de Monte Gordo e da praia da Manta Rota.
Centenas de caravelas-portuguesas estão também a dar à costa em várias ilhas de Cabo Verde, um fenómeno que segundo os especialistas regista uma maior incidência nos últimos tempos, fruto do aumento da temperatura dos Oceanos, segundo a associação ambientalista de Cabo-Verde, Biosfera I.
Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Biosfera I, lembra que "não é algo que possamos dizer que seja inédito em Cabo Verde. Às vezes fatores climáticos e diferencial de maré, fazem com que elas cheguem à costa". O presidente da associação não-governamental de defesa do ambiente Biosfera I, alertou para a necessidade de tomar cuidados, uma vez que as caravelas-portuguesas são animais "extremamente venenosos”.
Em Portugal, alerta aos banhistas
Em Portugal, a AMN também deixou o alerta aos banhistas para que evitem o contato com este organismo, muito venenoso e que vive na superfície do mar. A caravela-portuguesa tem o nome científico de “Physalia physalis” e flutua no mar, graças a um saco cilíndrico, de cor azul- arroxeado, cheio de gás. Os seus tentáculos podem atingir 30 metros de comprimento.
Os sintomas da picada da caravela-portuguesa são uma dor forte e sensação de queimadura, inchaço e comichão. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tem ativo desde 2006 um projeto com vista à monitorização desta espécie, através da colaboração da população que envia informações sempre que a espécie é avistada em alguma praia.A iniciativa desenvolvida pelo IPMA, designa-se de GelAvista e pode ser consultada na página online do organismo.