Bactérias nocivas num rio da Argentina deixam capivaras ‘verdes’: veja o vídeo

Este fenómeno aconteceu no reservatório da represa de Salto Grande, na província de Entre Ríos, e ocorreu devido à proliferação de cianobactérias nas águas onde estes animais tomam banho. Saiba mais e veja o vídeo.

capivaras verdes na Argentina
Capivaras com “coloração” verde na Argentina devido às cianobactérias presentes nas águas do rio em que tomaram banho. Crédito: Reprodução/Redes Sociais.

Um fenómeno chamou a atenção nas redes sociais. Capivaras ficaram cobertas por um tom verde após tomarem banho na represa de Salto Grande, em Entre Ríos, uma província da Argentina.

Isto ocorreu por causa da proliferação excessiva de cianobactérias no Rio Uruguai, que abastece a represa. Esses microorganismos contém clorofila, o que dá essa coloração verde e permite que eles realizem a fotossíntese.

Veja abaixo as imagens das capivaras ‘verdes’:

O fenómeno, que é conhecido por formar “tapetes verdes” sobre as águas, começou no último domingo (dia 9) na região de Lago Salto Grande, na fronteira da Argentina com o Uruguai — a cerca de 160 quilómetros de distância da fronteira com o Brasil.

Segundo a imprensa local, o fenómeno é impulsionado pelas altas temperaturas, baixa vazão e acúmulo de nutrientes como fósforo e nitrogénio, provenientes de atividades agrícolas e do despejo de resíduos; justamente como deviam estar as águas da represa.

Proliferação das cianobactérias pode ser prejudicial à saúde

Num comunicado, a Comissão Administradora do Rio Uruguai (CARU), órgão que regula o uso do rio entre a Argentina e o Uruguai, alertou que as cianobactérias podem libertar toxinas prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente.

Inclusive, o CARU emitiu um alerta de saúde no início de fevereiro para o aumento das cianobactérias no Rio Uruguai e em afluentes devido às altas temperaturas que as águas têm registado neste verão no país.

As cianobactérias são bactérias fotossintetizantes, também chamadas de 'algas azuis' ou 'algas cianofíceas'. São encontradas em água doce, ambientes marinhos e solos húmidos; e quando há acúmulo de matéria orgânica nestes ambientes, elas proliferam-se, dando origem ao processo de eutrofização.

E o perigo do fenómeno é que o contacto com a água contaminada pelas cianobactérias pode causar irritações na pele, problemas gastrointestinais e, em casos mais graves, até afetar órgãos internos.

Os grupos mais vulneráveis às toxinas produzidas por essas algas são crianças, gestantes, idosos, pessoas imunossuprimidas, e pescadores e salva-vidas, que têm maior contato com a água.

As recomendações das autoridades são: evitar o contato com águas que apresentem coloração turva, esverdeada ou odor forte. Os banhistas devem ficar atentos a sinais como acúmulo de espuma na superfície. E em caso de exposição, é fundamental lavar a pele com água limpa e procurar atendimento médico se surgirem sintomas (desconforto digestivo, náuseas, tonturas, diarreia, vómitos, dores de cabeça).

Referências da notícia

Capivaras 'verdes' são flagradas em reservatório na Argentina; veja VÍDEO. 12 de fevereiro, 2025. Redação/G1.

Bactérias tóxicas deixam capivaras verdes no Rio Uruguai. Entenda. 12 de fevereiro, 2025. Bruno Bucis.