Atividade sísmica coloca Islândia em alerta para possível erupção vulcânica
A atividade sísmico-vulcânica volta a ser tema na Islândia, já que uma das áreas mais densamente povoadas registou centenas de sismos num curto período temporal. Fique a saber mais sobre este assunto, aqui!
A Península de Reykjanes, no sudoeste da Islândia, regista desde o último fim de semana, um número considerável de sismos. Segundo alguns especialistas locais, este evento pode estar relacionado com uma possível erupção vulcânica, que a ocorrer será às portas da capital, Reiquiavique. Este enxame sísmico poderá então significar a erupção do vulcão Fagradalsfjall, um dos mais conhecidos desta ilha no Atlântico Norte.
Esta “atividade sísmica anómala” está centrada a Nordeste do referido vulcão, com os sismos a serem registados a profundidades que oscilam entre os 7 km e os 2 km, ou seja, os hipocentros estão a ser registados muito próximos da superfície terrestre.
O sistema de deteção “Earthquake-Alice”, utilizado pelo Icelandic Meteorological Office (IMO, na sigla em inglês), registou, até cerca do meio-dia de segunda-feira (1), mais de 5500 sismos associados a uma “intrusão magmática a profundidades subsuperficiais” que se estende por uma faixa com orientação Nordeste – Sudoeste e com uma extensão aproximada de 30 km.
Perspetivas e riscos associados
Na madrugada da passada terça-feira (2), registou-se um sismo de magnitude 5.0 na escala de Richter com epicentro a Oeste do Lago Kleifarvatn, sentido pelos cerca de 20.000 habitantes do Sudoeste da Islândia. Antes deste sismo, registou-se, no passado domingo (31), o maior sismo desde o início desta crise sismo-vulcânica: magnitude 5.4, a cerca de 3 km a Nordeste de Grindavik, tendo causado alguns danos em infraestruturas.
Desde sábado que o IMO já registou pelo menos 15 sismos com magnitude acima de 4 na escala de Richter, todos na mesma área. Esta incidência levou as autoridades a elevarem o nível de alerta para “Amarelo” devido ao risco de queda de rochas e de movimentos de vertente, principalmente nas montanhas da Península de Reykjanes, e ao perigo que isto pode representar para a população e para as atividades económicas. O funcionamento dos transportes aéreos pode vir a ser severamente afetado, tal como aconteceu em 2010, aquando da erupção do Eyjafjallajökull.
As autoridades consideram que a atividade sísmica está acima do normal e que isso deve ser monitorizado com (ainda) mais atenção, utilizando para isso uma rede existente de vídeovigilância. A população local, bem como os turistas, que são presença assídua em situações deste género (possível erupção vulcânica), foram aconselhados a evitar encostas íngremes, falésias ou áreas vulneráveis a movimentos de vertente, já que em certos locais foi relatada a queda de rochas.