Alto Tâmega e Barroso, Cascais e São Pedro do Sul são finalistas dos Prémios Europeus da Agricultura Biológica

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega e Barroso (Chaves), a cidade de Cascais e a biorregião de S. Pedro do Sul são finalistas dos Prémios Europeus da Agricultura Biológica. Os vencedores são divulgados pela Comissão Europeia a 23 de setembro, em Bruxelas.

Agricultura biológica
O modo de produção biológico é um sistema global de gestão das explorações agrícolas e de produção de alimentos que combina as melhores práticas ambientais, um elevado nível de biodiversidade e a preservação dos recursos naturais.

Os nomes dos finalistas da edição de 2024 dos Prémios Europeus da Agricultura Biológica já foram revelados e, das oito categorias em competição, há três finalistas portugueses, um em cada categoria.

A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega e Barroso, sediada em Chaves, é finalista na categoria de “melhor região”. Disputa o prémio com a Comunidad autónoma de Castilla - La Mancha (Espanha) e com a região de South Savo (Finlândia).

Por sua vez, Cascais vai disputar o prémio na categoria de “melhor cidade”. Compete com a bio-cidade de Bremen (Alemanha) e com Las Rozas (Madrid).
A biorregião de S. Pedro do Sul lutará pelo prémio de melhor “bio-distrito”. Disputa o galardão com a Distretto del Cibo Monregalese – Cebano, Cuneo, Piedmont (Itália) e com a biorregião de Sörmland (Suécia).

24 finalistas de 11 países da UE

Para cada uma das oito categorias foram selecionados os três melhores projetos, representando 24 finalistas de 11 países da União Europeia (UE). Os vencedores dos oito prémios serão entregues na cerimónia oficial em Bruxelas, no dia 23 de setembro, no âmbito de múltiplos eventos e atividades que celebram o Dia da Agricultura Biológica da UE, que é anual.

O modo de produção biológico é um sistema global de gestão das explorações agrícolas e de produção de alimentos que combina as melhores práticas ambientais, um elevado nível de biodiversidade e a preservação dos recursos naturais. Aplica normas exigentes em matéria de bem-estar animal e adota métodos de produção a partir da utilização de substâncias naturais e processos naturais.

O objetivo é a conservação da biodiversidade, a preservação dos equilíbrios ecológicos regionais, o uso responsável dos recursos naturais, a melhoria da fertilidade do solo e a conservação da qualidade da água.

Agricultura biológica: 14,7 milhões de hectares na UE

A área utilizada para a produção de agricultura biológica na UE tem vindo a aumentar. De acordo com os últimos dados do Eurostat, o organismo agregador de estatísticas da UE, em 2022 tinha atingido os 16,9 milhões de hectares. Em 2021 apenas estavam contabilizados 15,9 milhões de hectares e, em 2020, 14,7 milhões de hectares.

Os países onde este modo de produção agrícola mais cresceu foram a Croácia (+306%), Portugal (278%) e a Bulgária (182%).

Modo de produção biológico
A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega e Barroso (Chaves), a cidade de Cascais e a biorregião de S. Pedro do Sul são finalistas dos Prémios Europeus da Agricultura Biológica 2024, em três das oito categorias a concurso.

Em Portugal, justamente, em 2017 estavam registados 5 654 operadores. Em 2022, o número disparou para 14 571, de acordo com o Observatório Nacional da Produção Biológica.

Prémios da Agricultura Biológica lançados em 2022

A primeira edição dos Prémios Europeus da Agricultura Biológica aconteceu em 2022, em plena pandemia de covid-19 e como compromisso da UE no âmbito do Plano de Ação para o Desenvolvimento da Produção Biológica.

O objetivo destes prémios é, justamente, “reconhecer a excelência em toda a cadeia de valor biológico, desde os agricultores e restaurantes às pequenas e médias empresas (PME) e aos bio-distritos”, assume a Comissão Europeia.

Aliás, a realização dos Prémios “aumenta a visibilidade geral da cadeia de valor” deste modo de produção agrícola.

A sua atribuição é, igualmente, uma forma de “homenagear projetos que se destaquem, sejam inovadores, sustentáveis e inspiradores, acrescentando valor real à produção e ao consumo biológico”. Os vencedores têm a oportunidade de apresentar os seus projetos a um público mais vasto, à escala europeia, mostrando as melhores práticas.

Esta é uma organização conjunta da Comissão Europeia, do Comité Económico e Social Europeu, do Comité das Regiões Europeu, da COPA-COGECA e da IFOAM Organics Europe.

O júri dos prémios é composto por representantes destas organizações, bem como por representantes do Parlamento Europeu e do Conselho da UE. O júri seleciona os vencedores em cada categoria, avaliando os seus projetos de acordo com os critérios de adjudicação horizontais.