Alfredo Graça avisa: “amanhã um rio atmosférico trará chuva abundante a estas zonas de Portugal”
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Para quarta-feira, 2 de outubro, preveem-se as horas mais adversas de um curto episódio de chuva associado ao ex-furacão Isaac, a duas frentes frias e a um rio atmosférico. Prevê-se que as zonas mais afetadas de Portugal acumulem cerca de 50 mm.
A chuva regressou ao território de Portugal continental nesta terça-feira, 1 de outubro, devido a uma frente fria gerada por uma baixa pressão secundária - nascida no Atlântico a partir do ex-furacão Isaac - e que percorrerá o Golfo da Biscaia nas restantes horas do dia de hoje.
A precipitação de hoje, mas sobretudo de amanhã - quarta-feira, 2 de outubro - será geralmente fraca, sendo pontualmente moderada e persistente, em particular no Minho e nos locais montanhosos do Norte e Centro. A referida região do Noroeste do nosso país é aquela para a qual se prevê uma maior abundância de chuva, com alguns locais minhotos a acumularem cerca de 50 mm nas próximas 36-48 horas, podendo inclusive ultrapassar esse valor.
A chuva abundante prevista para quarta-feira (2) será provocada por uma frente fria gerada a partir de outra baixa pressão secundária - também formada a partir do ex-furacão Isaac - e que circulará ao largo da costa da Galiza até entrar por Espanha adentro durante a jornada de amanhã (2).
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Esta é a previsão da distribuição da precipitação para os primeiros dois dias de outubro
As zonas situadas a oeste do conjunto de montanhas dispostas concordantemente à linha de costa e conhecida como Barreira de Condensação (Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, setores ocidentais dos distritos de Vila Real e Viseu) serão as mais regadas da nossa geografia, com acumulações pluviométricas a oscilar entre 15 e 55 mm.
Há outras zonas do país que também receberão precipitação significativa, tais como o extremo norte do distrito de Bragança e a Serra da Estrela (parte inserida no distrito da Guarda). A sul da serra da Estrela a precipitação será escassa e a sul do rio Tejo será residual ou inexistente.