Alerta de tsunami no Pacífico!
O arquipélago francês da Nova Caledónia, Vanuatu e as ilhas Fiji, poderá ser atingido por vagas de tsunami com cerca de um metro de altura depois de um forte sismo registado no Oceano Pacífico. Saiba como se forma um tsunami.
Um tremor de terra de magnitude 7,1 foi registado a cerca de 230 quilómetros a Este da Nova Caledónia. Segundo o Centro de Alerta de Tsunamis no Pacífico, "as vagas podem ultrapassar entre 30 centímetros a um metro o nível do mar". Um terramoto de magnitude 7,1 foi registado a sudeste das Ilhas da Lealdade, um arquipélago do território francês da Nova Caledónia. Felizmente, não houve danos, de acordo com as primeiras informações transmitidas pelas autoridades.
Como se forma um tsunami?
Formado pela junção das palavras japonesas tsu (porto) e nami (onda), os tsunamis podem originar-se através de abalos sísmicos submarinos, causadas pelo deslocamento das placas tectónicas, pela ação de vulcanismo e pelo impacto de meteoritos no oceano. Estas ondas são capazes de viajar muitos quilómetros em alto mar até atingir a costa de regiões distantes do epicentro.
Os tsunamis são causados por terramotos submarinos e ocorrem sobretudo em zonas de fortes movimentos tectónicos, como em algumas regiões do Pacífico e da Ásia. A onda do tsunami, originada pelo choque sísmico de cima para baixo da massa oceânica, tem várias centenas de metros de espessura e adquire energia sempre que embate no solo submarino.
A velocidade de propagação de um tsunami no mar roça os 800 km/h. Massas de água gigantescas descem em profundidade ao longo do relevo do solo marinho, revelando um cariz oposto ao das ondas comuns, que afetam apenas a superfície da água. Durante a sua propagação no mar, uma onda perde pouca energia. Assim pode percorrer distâncias consideráveis e destruir costas situadas a milhares de quilómetros do seu mecanismo gerador.
A fim de prevenirem os potenciais riscos provocados por estas ondas oceânicas, os principais países costeiros do Pacífico monitorizam o oceano coordenando as suas observações e reunindo variadas informações. Um centro de alerta de tsunamis reúne as informações no arquipélago do Havai, nos Estados Unidos.
Apesar da maior parte dos tsunamis ser registada depois de um terramoto, existem outras causas possíveis, segundo Emile A. Okal (um geofísico francês): tenhamos em consideração as avalanches submarinas, às vezes desencadeadas por sismos como na Papua Nova Guiné em 1998 que causou 2 mil mortos, a explosão de um vulcão como no caso de Krakatoa, pequena ilha entre Java e Sumatra que provocou 36,4 mil mortos em agosto de 1883, ou até mesmo a queda de um asteróide no mar.
Maremotos menores também podem ser provocados por fenómenos meteorológicos extremos como as mudanças de temperatura violentas que provocam tempestades e ventos fortíssimos.