Aitor, Herminia, Ivo e Vanda. Eis alguns dos nomes das próximas tempestades de grande impacto
Já é conhecida a nova lista de nomes das tempestades de grande impacto da temporada 2024/2025. Não perca a oportunidade de saber quais são, o porquê de se darem nomes a depressões e algumas curiosidades.
A cada dia 1 de setembro, início do outono climatológico e de uma nova temporada de tempestades extratropicais (e de grande impacto) na Europa, ‘nasce’ uma nova lista de nomes em diferentes grupos europeus. Portugal pertence ao Grupo Sudoeste e é representado pelo IPMA. A lista para a temporada 2024/2025 já foi aprovada e pode ser observada na imagem abaixo.
Nomear depressões é eficaz na comunicação de fenómenos com potenciais riscos para pessoas e bens
Segundo o IPMA, “a nomeação de tempestades tem-se mostrado eficaz na comunicação da ocorrência destes fenómenos meteorológicos que trazem associadas situações de risco potencial para as vidas e bens dos cidadãos”.
Além disto, proporciona fluidez na comunicação entre os Serviços Meteorológicos de diferentes países e as estruturas de Proteção Civil. Por último, este método revela uma maior facilidade em identificar e estudar as depressões durante o seu percurso pela Europa.
Para que uma tempestade receba nome têm de ser cumpridos critérios previamente determinados. Entre eles, encontram-se os impactos e a emissão de avisos de nível laranja ou vermelho, enquadrados no sistema internacional de avisos meteorológicos (na Europa é o MeteoAlarm).
A rede EUMETNET reúne 33 serviços meteorológicos à escala europeia e é sob a sua égide que foi fundado o projeto conjunto de atribuição de nomes a tempestades por parte dos serviços meteorológicos da Europa. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) é, como o próprio nome indica, o serviço meteorológico de Portugal e pertence ao Grupo Sudoeste, no qual se incluem também os serviços meteorológicos de Espanha (AEMET), de França (Météo-France), do Luxemburgo (MeteoLux) e da Bélgica (RMI).
Curiosidades relacionadas com a atribuição de nomes aos centros de ação atmosférica
A primeira das curiosidades é que, na Alemanha, a tradição de atribuir nomes a depressões (centros de baixas pressões) e até mesmo a anticiclones (centros de altas pressões) é antiga. Desde 1954, o Instituto de Meteorologia da Universidade Livre de Berlim atribui nomes a centros de ação que influenciam o clima na Europa central.
Inicialmente eram atribuídos nomes femininos às depressões e nomes masculinos aos anticiclones, tendo sido pré-definidas dez listas de nomes masculinos e dez listas de nomes femininos num total de 260 nomes femininos e 260 nomes masculinos. Quando os nomes esgotavam, começava-se de novo.
Outra curiosidade prende-se com a entrada em vigor - a partir do dia 1 de dezembro de 2017 - do atual sistema de atribuição de nomes a depressões e que foi acordado entre os Serviços Meteorológicos de Portugal, Espanha e França (na altura, apenas estes países pertenciam ao Grupo Sudoeste, só posteriormente é que os Serviços Meteorológicos de Bélgica e Luxemburgo entraram).