A terra vai tremer em Portugal… mas só por prevenção!

No próxima sexta-feira, dia 15 de novembro, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil vai dinamizar a nível nacional a atividade “A Terra Treme”. Esta simulação de atividade sísmica pode ajudar a salvar vidas num acontecimento deste género. Fique a par de tudo connosco!

A atividade sísmica constitui um risco para as infraestruturas e, consequentemente, para a população.

A sétima edição deste exercício vai iniciar-se na próxima sexta-feira, às 11:15, e terá como público alvo a população em idade escolar. Tem como principal função o ensino e a sensibilização de comportamentos de proteção a adotar em caso de sismo.

Esta simulação vai durar apenas um minuto e vai dar ênfase a três atitudes específicas que a população deve tomar aquando da ocorrência destes eventos: Baixar, Proteger e Aguardar. Estas três medidas de autoproteção podem representar a diferença entre a vida e a morte em situações de sismos violentos e são reconhecidas internacionalmente como a resposta mais adequada a estes eventos.

Ao baixar-se, o indivíduo evita quedas provocadas pelo tremor de terra, devendo proteger-se debaixo de objetos sólidos como mesas e estruturas de portas. Deve aguardar que o evento termine, para evitar os perigos que as réplicas representam. Neste contexto é importante saber como proceder antes, durante e depois de um episódio de atividade sísmica.

Apesar de ser um evento especificamente direcionado para a comunidade escolar, as comunidades locais, bem como as entidades privadas devem participar, aliadas aos Comandos Distritais de Operações e Socorro e aos serviços municipais de proteção civil.

A atividade sísmica na atualidade

Este exercício ocorre numa altura em que a atividade sísmica tem sido notícia a nível nacional, europeu e mundial. No início do ano de 2019, principalmente durante o mês de fevereiro, o grupo oriental do Arquipélago dos Açores, nomeadamente a ilha de São Miguel, experimentou um pico de atividade sísmica. Durante a semana passada, a nível nacional, verificou-se um aumento de atividade no grupo central daquelas ilhas. Foi registado um elevado número de sismos, num curto espaço de tempo. As ilhas do Faial, do Pico e de S. Jorge foram as que mais sentiram os efeitos deste pico de atividade, com o último sismo a ser registado na terça-feira, dia 12, com magnitude de 4,2 na Escala de Richter.

A nível europeu, foi notícia um sismo de magnitude 5,4 na Escala de Richter, com epicentro a 11 quilómetros de Montélimar, no Sudeste de França. Este sismo registado na manhã do passado dia 11 de novembro, provocou danos em algumas infraestruturas habitacionais, bem como 4 feridos, sendo que um deles foi hospitalizado em estado grave.

É de salientar também, que no passado dia 8 de novembro, registou-se um sismo de magnitude 5,9 no Noroeste do Irão. O epicentro localizou-se a mais de 400 quilómetros da capital do país, Teerão, na província iraniana do Azerbaijão Oriental. Causou, segundo as autoridades locais, 5 mortos e mais de 300 feridos, para além de danos em infraestruturas habitacionais e edifícios públicos.

Face à frequência e à intensidade dos eventos relatados, é importante sensibilizar e formar a população para que sejam dadas respostas adequadas e eficientes na prevenção de danos num situação real.