A Terra está a aquecer cada vez mais! Os decisores mundiais estão a matar a vida no planeta
2023 deverá ser o ano mais quente da Terra desde que os seres humanos modernos a habitam, mas 2024 deverá ser ainda pior. O mês passado foi o setembro mais quente desde que há registo para os especialistas.
"A humanidade abriu as portas do inferno", afirmou o Secretário-Geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, há duas semanas, a propósito das consequências das alterações climáticas extremas.
Mas quem é que abriu estas portas? A verdade é que as provas continuam a bater à porta. O mês passado tornou-se o setembro mais quente alguma vez registado no planeta, segundo o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus.
Durante o mês passado, as temperaturas atmosféricas globais atingiram uma média de 16,38 °C, 0,93 °C acima da sua atual média histórica (1991-2020). Esta diferença aumenta para 1,75 °C quando comparada com a média do período pré-industrial 1850-1900.
"Vivemos o setembro mais incrível do ponto de vista climático. Não dá para acreditar", afirmou Carlo Buontempo, diretor do Copernicus.
Isto é apenas o começo
As temperaturas médias globais de janeiro a setembro foram 1,4°C mais elevadas do que no período de 1850-1900, ou seja, estão prestes a ultrapassar a barreira dos 1,5°C, que era o objetivo do fracassado Acordo de Paris para este século.
Este é o reflexo mais palpável do fracasso dos decisores mundiais, incluindo as potências políticas e económicas mais influentes do mundo.
E não são apenas 8 mil milhões de seres humanos que estão a pagar as consequências da sua ganância, desumanidade e inação em prol do bem comum, mas toda a biodiversidade.
A temperatura média global de janeiro a setembro é 0,05°C superior à do mesmo período de 2016, o ano mais quente de que há registo. E 2024 parece destinado a ser ainda pior.
Uma mensagem para os negacionistas
Mas o clima do planeta sempre mudou, exclamam os negacionistas da emergência que estamos a viver.
A questão é que, devido às ações de alguns seres humanos, o aquecimento do planeta tem vindo a acelerar constantemente.
E, a este ritmo, nenhuma espécie se pode adaptar às novas condições. A isto há que acrescentar as emergências da poluição e da perda de biodiversidade.
Os decisores que têm nas suas mãos a possibilidade de mudar parcialmente de rumo, não o fazem, porque os negócios e a política não dão tempo para pensar no bem comum.