A OMS apela à vigilância das novas variantes do SARS-COV2
A Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que não existem atualmente provas significativas sobre o impacto na saúde pública das sub-linhagens Omicron recentemente identificadas. No entanto, a vigilância deve ser mantida em função do número de infeções.
Com o aumento das infeções por Covid-19 em muitas partes do mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) está a trabalhar com as novas variantes do SARS-COV2, EG 5 e BA 2.86, que são consideradas preocupantes.
Entretanto, a Organização Pan-Americana da Saúde atualizou a informação sobre as sub-linhagens Omicron recentemente identificadas. Até à data, não há provas de alterações significativas no impacto da EG.5 e da BA.2.86 na saúde pública.
EG.5 é uma linha descendente de XBB.1.9.2 (uma sub-linhagem de Omicron), relatada pela primeira vez em fevereiro de 2023. No início de agosto, foi classificada como uma variante de interesse.
A nível mundial, tem-se registado um aumento constante da proporção de infeções por EG.5. Esta tendência também foi observada em alguns países da região, incluindo o Canadá, a Colômbia, a Costa Rica, os Estados Unidos e a República Dominicana. No entanto, até à data, não foram registadas alterações na gravidade da doença.
A BA.2.86 foi inicialmente registada numa amostra colhida na Dinamarca no final de julho de 2023. Desde então, foi detetada em Israel, no Reino Unido e nos EUA, mas apenas foi comunicado um total de sete sequências.
A OMS designou-a como uma variante sob vigilância porque tem um número considerável de mutações. Por conseguinte, com base nas provas disponíveis, o risco para a saúde pública da subvariante EG.5 foi avaliado como baixo e é semelhante ao de outras variantes circulantes que suscitam preocupação.
No relatório, a Comissão também refere que as informações disponíveis sobre a BA.2.86 são limitadas e que a avaliação inicial dos riscos será efetuada nos próximos dias, o que permitirá uma melhor caracterização desta variante em termos de capacidade de transmissão, escape imunitário e gravidade.
Recomendações contra a Covid-19
As recomendações para prevenir a Covid-19 permanecem inalteradas, afirma a OPAS e instou as nações da região das Américas a continuarem a coletar amostras representativas para o sequenciamento e a manter uma vigilância genómica apropriada para o SARS-CoV-2, já que o vírus continua a circular e evoluir.
A nível mundial, de 17 de julho a 13 de agosto de 2023, foram notificados mais de 1,4 milhões de novos casos de Covid-19 e mais de 2 300 mortes, um aumento de 63% nos casos e uma diminuição de 56% nas mortes, respetivamente, em comparação com os 28 dias anteriores.
Deve recordar-se que o Grupo Técnico Consultivo da OPAS/OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2 avaliará contínua e periodicamente as novas sub-linhagens Omicron e publicará ou atualizará as avaliações de risco à medida que forem surgindo novas informações.
A participação na Rede Regional de Vigilância Genómica da COVID-19 está aberta a todos os países das Américas através dos Laboratórios Nacionais de Saúde Pública.
A OMS avalia regularmente se as variantes do SARS-CoV-2 têm impacto na: transmissibilidade do vírus, na doença, na eficácia de diagnósticos, em terapias e nas vacinas.
A análise da OPAS revela que, mesmo três anos após o início da pandemia de Covid-19, as interrupções nos serviços essenciais de saúde continuam a ser um desafio significativo em vários países das Américas.