A inteligência artificial explica-se a si mesma: entrevistámos um chatbot sobre o novo livro de Arlindo Oliveira
Quais os desafios desta tecnologia que está a transformar o mundo? Leia esta e outras respostas numa conversa com uma máquina, que reproduz as principais ideias de um dos especialistas portugueses mais conceituados internacionalmente.
Arlindo Oliveira, um dos estudiosos portugueses da IA mais reconhecidos internacionalmente acaba de publicar “A Inteligência Artificial Generativa”. O livro, dirigido a um público não especializado, levanta inúmeras reflexões sobre esta tecnologia, que entrou rapidamente no nosso dia-a-dia, mas não se esgota apenas nos modelos de linguagem, como o Chat GPT.
Aproveitámos, por isso, a oportunidade para entrevistar a inteligência artificial. Usando as palavras e as ideias de Arlindo Oliveira, o chatbot ajuda-nos a compreender os desafios e as oportunidades desta tecnologia.
Leia aqui, nesta conversa com o autor, as respostas geradas pela inteligência artificial.
Diria que é como ter um amigo imaginário que pode criar histórias, desenhos ou músicas a partir de ideias que lhe damos. Se lhe dissermos, por exemplo, “desenha um dragão que voa sobre a cidade”, esse amigo imaginário usaria o que aprendeu sobre dragões e cidades para fazer um desenho incrível.
A inteligência artificial generativa funciona de maneira semelhante: ela aprende com muitos exemplos e, quando lhe pedimos algo, usa esse conhecimento para inventar coisas que parecem reais, mesmo sem nunca as ter visto. É como se fosse um artista que pode criar muitas obras diferentes a partir de algumas instruções.
Os maiores riscos incluem a desinformação, a manipulação de opiniões, a erosão da privacidade e a possibilidade de discriminação através de sistemas enviesados. A utilização indevida da tecnologia por indivíduos ou organizações pode levar a fraudes, manipulação política e à criação de conteúdos que confundem o real com o artificial.
É fundamental estabelecer diretrizes éticas e legais que regulem o desenvolvimento e a implementação da inteligência artificial.
A legislação, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados na União Europeia, é um passo importante, embora enfrente desafios na sua eficácia devido à rápida evolução da tecnologia.
Entre diversos benefícios significativos, destaca-se a capacidade de automatizar tarefas repetitivas e demoradas, permitindo aos humanos concentrarem-se em atividades criativas e estratégicas em áreas como marketing, design ou produção de conteúdo.
A inteligência artificial generativa pode ainda personalizar experiências de utilizadores em grande escala, adaptando conteúdos às preferências individuais e melhorando a interação e a satisfação do cliente.
A evolução contínua desta tecnologia promete criar, por fim, sistemas que poderão desempenhar funções complexas e colaborar com humanos, aumentando a produtividade e a eficiência em várias indústrias.
A tecnologia mais central é a aprendizagem profunda, que utiliza redes neuronais artificiais. Estas redes são inspiradas no funcionamento do cérebro humano e têm sido fundamentais para realizar tarefas complexas, como o reconhecimento de imagens e o processamento de linguagem natural.
O avanço da aprendizagem profunda foi possibilitado pela combinação de três fatores: o aumento da capacidade computacional, a disponibilidade de grandes volumes de dados e o desenvolvimento de novas arquiteturas e algoritmos para o treino de sistemas de inteligência artificial. Estas inovações têm permitido que a inteligência artificial evolua rapidamente e se torne uma parte integral de muitas aplicações modernas.
A principal distinção reside na forma como cada uma processa a informação. A inteligência humana tem um funcionamento complexo e distribuído, onde milhares de milhões de neurónios interagem de maneira não sequencial, permitindo um processamento intuitivo e emocional. A inteligência artificial, especialmente a que se baseia em computadores, opera através da execução sequencial de instruções programadas, manipulando símbolos de forma explícita.
A inteligência humana possui ainda a capacidade de aprender e adaptar-se a partir de experiências, utilizando tanto um sistema de raciocínio consciente quanto um sistema mais intuitivo e automático.
Por fim, a comunicação humana é rica e complexa, permitindo a transmissão de conceitos abstratos e a construção de narrativas, algo que a inteligência artificial ainda não consegue replicar de forma plena, apesar de avanços significativos na geração de linguagem natural.
A questão é complexa e envolve diferentes perspetivas. No meu livro, exploro a possibilidade de uma relação simbiótica entre a inteligência humana e a inteligência artificial, onde ambas se complementam e transformam a sociedade.
Por um lado, existem cenários distópicos em que a humanidade não consegue controlar as tecnologias que desenvolveu, levando a consequências catastróficas. Este é um dos piores cenários, onde a inteligência artificial poderia agir de forma prejudicial para a humanidade. Por outro lado, há uma corrente de pensamento que acredita que nunca projetaremos sistemas que possam desenvolver consciência, e que, portanto, os riscos de conflito são exagerados.
A chave está em garantir que a inteligência artificial seja projetada e implementada de forma ética e responsável, para que possa ser uma aliada da humanidade, em vez de uma ameaça.
Diria que se trata de uma exploração acessível e estruturada das tecnologias de inteligência artificial, com um foco particular na inteligência artificial generativa. Fui sobretudo motivado pela necessidade de esclarecer um tema que, até há pouco tempo, era relativamente desconhecido do grande público.
A obra procura contextualizar a inteligência artificial dentro de uma visão histórica da evolução da inteligência, tanto humana como animal, e discutir as implicações éticas e sociais que estas tecnologias podem ter no futuro.
Senti-me também impulsionado pela crescente sensibilidade do público em relação a este assunto, especialmente após o surgimento de aplicações como o Chat GPT, que tornaram este tema mais premente na sociedade. O ensaio visa, assim, não apenas informar, mas também fomentar um debate sobre o impacto da inteligência artificial nas nossas vidas e no futuro da humanidade.
Nota sobre o artigo
As respostas desta entrevista foram geradas através de inteligência artificial. Se quiser conversar com o autor do ensaio “A Inteligência Artificial Generativa”, visite o website da Fundação Francisco Manuel dos Santos e faça as suas perguntas ao chatbot interativo.