Hoje é o Dia Mundial da Meteorologia!
Hoje, 23 de março, o dia é dedicado à celebração do Dia Mundial da Meteorologia. Celebramos a área de conhecimento que se destina a aumentar a compreensão dos fenómenos atmosféricos mundiais, e este ano direcionado para o “Oceano, Clima e Tempo”.
O Dia Mundial de Meteorologia celebra-se nesta data para comemorar o dia da entrada em vigor da Convenção que instituiu a Organização Meteorológica Mundial (OMM), em 1950, como agência especializada das Nações Unidas para a meteorologia e clima e, posteriormente, para a hidrologia e ambiente.
Assim, a Organização Meteorológica Mundial pretende alertar a população para a necessidade de preservar os ecossistemas assim como fazer uma utilização racional dos recursos naturais do planeta Terra e, este ano, com o tema direcionado para os oceanos, sendo estes o nosso enorme coração azul desempenhando um papel fulcral no meio ambiente e no futuro da humanidade.
O Oceano, o Clima e o Tempo
Os oceanos desempenham papel determinante na variabilidade dos padrões atmosféricos, uma vez que atuam na distribuição dos ventos, do calor e a dinâmica das suas correntes é fulcral para o equilíbrio do mecanismo climático. Ocupam cerca de 70% da superfície terrestre, o que faz com que comportamento das águas, bem como as suas características, possam realizar uma grande influência nas condições climáticas do planeta.
Os especialistas em meteorologia e climatologia são quase unânimes no facto de afirmarem que é o sol a maior das influências sobre a dinâmica climática da Terra. Dos elementos terrestres, são os oceanos que mais absorvem a energia solar, o que justifica o seu peso sobre o clima da Terra.
Os mais diversos fenómenos climáticos estão diretamente associados às variações de temperatura das águas dos oceanos. Além disso, eles são importantes na distribuição do calor, através das correntes marinhas e na circulação atmosférica, que ocorre, principalmente, com a humidade gerada pela evaporação da água do mar, desempenhando um papel determinante nos climas de várias regiões.
A maior parte da radiação solar absorvida pelos oceanos é libertada para a atmosfera sob a forma de vapor de água, que se transforma em humidade. Essa humidade, por sua vez, transforma-se em nuvens que precipitam, dando origem às chuvas. Do mesmo modo, a condensação da humidade quente gerada pelo mar também está na origem da formação de furacões e ciclones, considerados os monstros meteorológicos.
El Niño e La Niña
A maior perturbação do sistema climático do planeta, que se estende sobre as latitudes tropicais de todo o Oceano Pacífico, chama-se El Niño (referência ao menino Jesus), pois foi observado pela primeira vez ao longo das costas do Peru, onde se manifesta geralmente na altura do Natal.
Este fenómeno oceano-atmosférico que afeta o clima regional e global, e provoca uma alternância climática que cobre um terço do planeta, manifesta-se com intensidade diferente e uma periocidade média de 4 anos.
Este padrão climático gere periodicamente as chuvas, as secas, as inundações e as tempestades de todo o planeta, e é ainda responsável por anos considerados secos ou muito secos. Em determinados anos, o choque é mais violento que o habitual e os climatólogos dão-lhe o nome de La Niña: a América do Sul fica mais húmida do que o normal e a Ásia mais seca.
A ação do Homem pode levar a que eventos extremos como o El Niño se tornem maiores e mais frequentes futuramente. Este fenómeno extremo pode elevar de forma acentuada a temperatura global, gerar mais furacões e tufões e inclusive afetar ciclos naturais do planeta.
Os seus danos incluem a destruição de recifes de corais, inundações, deslizamentos e secas, afetando assim milhões de pessoas e causando consequências socioeconómicas.