11 de fevereiro: Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência
No dia 11 de Fevereiro comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência! Este dia tem como objetivo alcançar a igualdade de género e o acesso pleno, equilibrado e o empoderamento feminino neste meio. Saiba mais sobre este dia aqui!
As Nações Unidas marcam neste 11 de fevereiro de 2023 o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência. Apesar de todos os esforços recentes, elas continuam a ser uma minoria no meio da ciência, no número de Prémios Nobel ganhos e na liderança de empresas de investigação e desenvolvimento.
De acordo com António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, esta desigualdade impede que o mundo aproveite enormes talentos e inovações que estão por explorar. Guterres realça que é preciso ter a perspetiva feminina para garantir que a ciência e a tecnologia funcionem para todos e, para tal, pode-se e deve-se agir de imediato.
De acordo com os dados da UNESCO somente 28% dos investigadores e cientistas de todo o mundo são do sexo feminino.
A mesma instituição apela ao aumento da determinação pelo fim da discriminação e dos estereótipos sobre as mulheres na ciência, e mais rigor nos esforços para expandir as oportunidades para aquelas que vivem em comunidades minoritárias, especialmente no campo da inteligência artificial.
Mulheres que revolucionaram a ciência
Sempre houve mulheres cientistas inovadoras, ousadas e pioneiras de enorme valor cujas descobertas ajudaram a nossa civilização.
Graças a um ambiente cada vez mais equitativo, aos esforços significativos das mulheres cientistas e às fundações que as apoiam, os seus contributos para a nossa compreensão do universo em que vivemos estão finalmente a ter o reconhecimento que merecem.
Marie Curie
A polaca Marie Curie (1867-1934), ganhou fama internacional com os seus estudos sobre radioatividade, sendo a primeira pessoa a conquistar o Prémio Nobel em dois campos diferentes da ciência. Em julho de 1898 ela anunciou a descoberta de um novo elemento químico, o polónio, que recebeu este nome em homenagem ao seu país de origem. No mesmo ano, juntamente com o seu marido, Pierre Curie, descobriram o rádio.
Em 1903, Marie Curie ganhou o Prémio Nobel de Física e oito anos depois, conquistou o segundo Nobel, desta vez de Química. Após a morte do marido, num acidente em 1906, Curie assumiu o seu posto como professora, tornando-se a primeira mulher a lecionar na Universidade Sorbonne, em Paris. A cientista morreu, aos 66 anos, vítima de leucemia, causada pela exposição prolongada à radiação durante a sua investigação.
Marie Tharp
Em 1953, Marie Tharp (1920-2006) tornou-se a primeira cientista a mapear o fundo do Oceano Atlântico. Geóloga e cartógrafa oceanógrafa, Tharp deu uma importante contribuição à ciência ao descobrir o Vale do Rift ou Vale da Grande Fenda (complexo de falhas tectónicas causadas pela separação das placas africana e arábica) - que comprovou a teoria das placas tectónicas.
Inicialmente, a descoberta de Tharp não foi levada a sério, nem mesmo pelo seu parceiro de investigação, Bruce Heezen. Como a presença de mulheres em navios de investigação era proibida, ela desenhou os mapas com os dados que Heezen recolhia nas expedições.
Apesar das contribuições revolucionárias, o nome de Tharp permanece quase no anonimato, enquanto Heezen recebe sozinho o crédito de grande parte do trabalho que realizaram juntos.
Janaki Ammal
Janaki (1897-1984) foi a primeira mulher indiana a estudar as plantas na Índia. Aplicou-se num trabalho notável na área da genética das mais variadas plantas, desenvolvendo uma série de espécies híbridas que são cultivadas até hoje. É conhecida como a "mãe" da Botânica moderna na Índia e a primeira mulher do país a obter um Doutoramento em Botânica.
Ammal também foi uma importante ativista ambiental e lutou pela preservação da biodiversidade no país.
Assim, desta forma quer os homens e quer as mulheres, fascinados pela Ciência, são igualmente capazes de fazer o mundo avançar.