Na história da humanidade, a sociedade actual representa o papel mais fácil de desempenhar: o conhecimento e avanço tecnológico, permite-nos a oportunidade de aprender com o passado, e enfrentar os desafios com maior capacidade para os ultrapassar.
Mónica Barbosa
Redatora de notícias de Ciência - 119 artigosArtigos de Mónica Barbosa
Durante o último fim de semana, precipitação intensa, ventos fortes e trovoadas, atingiram o centro oeste de Moçambique, regiões identificadas pelo INM, como áreas de risco pelas cíclicas passagens de tempestades, nomeadamente entre outubro e abril, que deixam sempre um rasto devastador.
A interferência antrópica no meio ambiente, e a consequente alteração do clima, apesar das controvérsias, começa a granjear consenso. Evidente é a determinante influência que o estado do tempo tem na sobrevivência de todas as espécies, inclusive a humana!
As cíclicas oscilações climáticas que o planeta azul tem vivenciado desde a formação do seu manto protector, a atmosfera, têm (re)desenhado o seu rosto ao longo do tempo: aparecem e desaparecem espelhos de água, areais, a constante dinâmica da vida!
No mês que agora está a terminar, os céus escurecidos e carregados de nuvens Cumulonimbus, têm-se feito acompanhar de relâmpagos e trovões, que nos lembram quão imponente e admirável é o sistema climático do nosso planeta!
O rápido aquecimento do Ártico terá repercussões em todo o sistema climático, e nos últimos meses temos já vindo a perceber consequências disso, com o número de fenómenos extremos que têm ocorrido, particularmente, no Hemisfério Norte deste planeta azul.
Com os acontecimentos dos últimos dias, podemos questionar se é o Homem que se propicia a uma potencial ocorrência de eventos com desfecho dramático, ou se, o clima está de tal modo alterado, que surpreende com situações que resultam em catástrofes!
O CO₂ é um dos componentes atmosféricos, contudo, consequência das mais diversificadas acções humanas, diariamente são emitidas pesadas quantidades deste gás para a atmosfera, o que implica directamente com o equilíbrio bioclimático.
O clima diz respeito a um estado de equilíbrio que não é estacionário nem estável de um sistema de trocas de propriedades termodinâmicas entre diferentes compartimentos. E, qualquer variação no complexo sistema climático, resulta em fenómenos impactantes!
Nas últimas semanas a ocorrência de fenómenos climáticos tem assolado, com impactante rasto de destruição, ambas as costas do Atlântico Norte, provocando vítimas mortais e consideráveis danos financeiros.
A agricultura é um sector particularmente dependente do estado do tempo, do clima, sendo constante, a necessidade de intensificar esforços de adaptação, a fim de assegurar níveis de produtividade e capacidade de resposta à demanda!
O clima caracteriza-se por uma sucessão de estados de tempo, e desempenha um papel determinante na vida dos seres vivos, sendo que a ocorrência de mudanças bruscas e acentuadas no sistema climático produzem efeitos de desconforto assim como, impactuam negativamente na agricultura.
A teoria da tectónica de placas assevera a sua união há longínquas Eras, o seu desenho indicia uma arcaica estreita ligação, mas é o poder dos mecanismos atmosféricos que mantém aos dias de hoje o seu contacto – falamos da Depressão de Bodélé.
O que os olhos vêem, nem sempre reflete o que é totalmente visto. Exemplo disso é a luz que vemos quando olhamos o Sol, e que nos parece branca, mas na verdade é uma mistura de várias cores!
No rescaldo de um fim-de-semana atribulado, o primeiro balanço da manhã de domingo, apontava para mais de um milhar de árvores derrubadas, cerca de sete dezenas de desalojados, mais de duas dezenas de feridos ligeiros, e ultrapassaram as quinze mil as habitações privadas de energia elétrica!
Nos últimos dias, o Hemisfério Norte tem sido assolado por eventos meteorológicos com maior severidade, maior frequência e em maior número do que habitualmente tendem a ocorrer, sempre que há necessidade de reequilíbrio atmosférico.
A vida do planeta assenta numa força motriz que move, regenera e cria a cada instante. Mover é viver, e este é o mote da mecânica que caracteriza o manto azul que cobre o planeta Terra.
O clima encontra-se directamente relacionado com a fisiografia do planeta. Por isso, mudanças abruptas ou lentas, num curto ou longo prazo, continuarão, como desde o começo, a ocorrer de modo natural e cíclico.
A dinâmica interna do planeta condiciona a ocorrência da actividade vulcânica, sendo a sua distribuição à superfície o esboço de um padrão de faixas activas, correspondentes às margens das placas tectónicas e/ou a zonas interplacas. Vivemos assim, numa Terra em permanente renovação!
Cerca de 97% de Portugal é mar. O país possui a terceira maior zona económica exclusiva da União Europeia (11% da ZEE da EU pertence a Portugal) e a décima primeira a nível mundial. São cerca de 1,727,408 km² de território a preservar, dinamizar e defender em todas as valências!